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MPF prorroga inquérito sobre homem morto em abordagem policial

BRASIL – O Ministério Público Federal (MPF) de Sergipe prorrogou o inquérito da morte de Genivaldo de Jesus Santos. A decisão, divulgada na terça-feira 2, concedeu mais 20 dias para a Polícia Federal (PF) concluir as investigações. Genivaldo morreu asfixiado, em maio deste ano, durante uma abordagem policial, no município de Umbaúba, Sergipe (SE).

“As investigações se encontram em fase final, restando a conclusão e o resultado das perícias, inclusive o laudo necroscópico, pelo Instituto Médico Legal (IML/SE) e pelo Instituto Nacional de Criminalística em Brasília”, informou o MPF, em nota. “A complexidade das perícias necessárias justificou o aumento do prazo. Dessa forma, a conclusão do inquérito deve ocorrer até o fim de agosto.”

Essa é a segunda vez que a PF pede um adiamento no inquérito. Em junho deste ano, o MPF, a pedido da polícia, prorrogou as investigações por 30 dias, afirmando que a conclusão do caso estava prevista para o fim de julho.

Conforme o MPF, o procurador da República responsável pelo caso, Rômulo Almeida, foi para a cidade onde Genivaldo foi morto na semana passada. Almeida atualizou a família da vítima e os advogados em relação ao andamento das investigações.

O laudo do IML informou que Genivaldo morreu por insuficiência respiratória aguda por asfixia mecânica. Vídeos divulgados na internet mostram que o homem foi amarrado e colocado no porta-malas da viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Também foi usado gás lacrimogêneo na abordagem, que durou cerca de 30 minutos.

Na sexta-feira 29, a Procuradoria da República de SE orientou que a PRF instalasse câmeras nas fardas dos agentes, em até 120 dias. Os equipamentos vão ser utilizados durante o policiamento ostensivo, patrulhamento rodoviário e cumprimento de medidas judiciais.

Segundo a família de Genivaldo, ele tinha esquizofrenia e tomava remédios controlados havia 20 anos. A PRF informou que o homem foi abordado porque estava andando de moto sem capacete e resistiu à abordagem.

Os três policiais envolvidos no caso foram afastados pela PRF. Também foi instaurado um processo disciplinar para investigá-los. A Justiça Federal do Estado negou o pedido de prisão preventiva dos agentes.

**Com informações da assessoria

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