O mecânico Fábio Morais Cavalcanti, de 50 anos, natural de Ipojuca (PE), viveu um verdadeiro drama ao desaparecer no fim de semana em Brasília, durante sua viagem de Recife com destino final a Manaus. A história, repleta de tensão e desorientação, se desdobrou por cerca de cinco dias e só teve desfecho com seu reencontro com a família .
No sábado, 5 de julho, Fábio embarcou na Gol com conexão em Brasília. Por volta das 23h30, após o pouso, ele sofreu uma convulsão e foi socorrido por funcionários da companhia aérea, que o encaminharam a um hotel próximo ao aeroporto. Pouco depois, ele teve nova convulsão e foi internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Núcleo Bandeirante .
Na manhã de segunda-feira, 7 de julho, o mecânico desapareceu da UPA enquanto ainda estava desorientado. Testemunhas relataram que ele abandonou o local sem avisar, ainda debilitado e com perda de memória nos primeiros dias. Sem documentos, telefone ou roupas, foi confundido com morador de rua, perdeu roupas e passou por fome e frio nas ruas da capital federal .
A mobilização da família foi intensa: sobrinha, amigos e até conhecidos espalharam cartazes e divulgaram o caso nas redes sociais. Finalmente, na quinta-feira (10/7), por volta das 18h, Fábio foi localizado na Rodoviária Interestadual de Brasília. Em visível estado de desorientação, sujo e debilitado, ele reconheceu a sobrinha Carolina ao ser chamado pelo nome e chorou ao ser abraçado .
Na sexta-feira (11/7), Fábio foi levado a um hospital para avaliação médica e, no dia 14/7, está programado para retornar a Ipojuca, onde moram seus familiares .
📌 Destaques:
- A confusão começou em Brasília por conta de convulsões e desorientação de Fábio.
- Ele sumiu da UPA no Núcleo Bandeirante e passou dias abandonado.
- Foi reencontrado em estado vulnerável na rodoviária e agora está sob cuidados.
- A família segue mobilizada para garantir sua recuperação e retorno a Pernambuco.
O caso revela fragilidades nos protocolos de atendimento a pessoas em estado de vulnerabilidade, especialmente estrangeiros, analfabetos ou sem acompanhantes durante emergências em aeroportos e UPAs.