O governo dos Estados Unidos solicitou que o Brasil classifique as facções criminosas PCC (Primeiro Comando da Capital) e Comando Vermelho (CV) como organizações terroristas. O pedido foi feito por representantes da administração Trump durante uma reunião em Brasília com autoridades brasileiras.

Segundo os americanos, essa classificação permitiria a aplicação de sanções econômicas mais severas e ampliaria a cooperação internacional no combate ao crime organizado. Eles afirmam que as facções têm atuação em pelo menos 12 estados norte-americanos, como Nova York, Flórida e Nova Jersey, estando envolvidas em crimes como tráfico de armas e lavagem de dinheiro.
O governo brasileiro, no entanto, recusou o pedido. De acordo com a Lei Antiterrorismo (Lei nº 13.260/2016), o Brasil define terrorismo como atos motivados por razões ideológicas, religiosas ou de preconceito — o que não se aplica ao PCC e ao CV, que têm fins lucrativos. Autoridades brasileiras também demonstraram preocupação com possíveis repercussões econômicas e diplomáticas de uma mudança na classificação.
Especialistas em segurança avaliam que, embora essas facções gerem medo e instabilidade, rotulá-las como terroristas pode gerar impasses legais e políticos. A divergência sobre o tema mantém o assunto em aberto nas relações entre Brasil e Estados Unidos.