Bandeira de Trump cria mal-estar no PL, que tenta descolar direita da tarifa; Eduardo Bolsonaro irrita líderes

Para cúpula da legenda, direita vive um mau momento em razão do tarifaço de Donald Trump, que entra em vigor em 1º de agosto, agravado pela atuação – “incontrolável”, nas palavras de um líder– do filho do ex-presidente.
Na terça-feira (22), um mal-estar tomou conta da bancada do PL depois que deputados do partido ergueram uma bandeira em apoio a Donald Trump no Congresso (veja no vídeo abaixo).
O PL busca uma saída política para a crise do tarifaço do republicano contra o Brasil pois quer evitar desgastes para o candidato da direita em 2026.
Os parlamentares que participaram do ato foram criticados, a portas fechadas, por setores mais pragmáticos do partido, pois, na visão deles, “tirou foco do motivo do protesto, que era criticar a decisão de Hugo Motta [presidente da Câmara dos Deputados, Republicanos-PB] de suspender as [reuniões de] comissões”.
Motta tomou a decisão após duas comissões presididas por parlamentares do PL convocarem reuniões deliberativas com moções de apoio político a Bolsonaro na pauta.
Os deputados Sargento Fahur (PSD-PR) e Delegado Caveira (PL-PA) ouviram que, se quisessem carregar a bandeira de forma individual, que assim o fizesse. Em grupo, porém, aquele ato só prejudicava o partido num momento já crítico.
O deputado federal e líder do Partido Liberal, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou que o assunto teria sido “superado”.