Instalada para investigar as ações e omissões no enfrentamento da pandemia mais letal da história, que soma mais de 600 mil mortes no Brasil, a CPI da Covid chega ao fim nesta terça-feira (26) com a aprovação de relatório que atribui crimes ao governo federal e pede a responsabilização de vários agentes, sobretudo do próprio presidente da República, Jair Bolsonaro.
Entre os acusados também estão três filhos do presidente: o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), além de ministros, ex-ministros, deputados federais, médicos, empresários e o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).
As empresas Precisa Medicamentos e a VTCLog, que firmaram contrato com o Ministério da Saúde na pandemia, também foram responsabilizadas.
O relatório de Renan Calheiros (MDB-AL) foi aprovado por sete votos a favor e quatro contrários. Votaram favoráveis ao texto, além do relator, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), o vice, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Otto Alencar (PSD-BA), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Braga (MDB-AM).
Esses senadores formam o chamado G7, grupo que desde o início dos trabalhos comanda as ações da comissão. Votaram contrariamente os governistas Marcos Rogério (DEM-RO), Eduardo Girão (Podemos-CE), Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Jorginho Mello (PL-SC).