InícioSaúdeCovid-19: mortes caem 11% e número de casos se mantém estável

Covid-19: mortes caem 11% e número de casos se mantém estável

Nova ação vai reformar monitoramento e isolamento nos municípios

 O número de mortes por covid-19 caiu 11% na
35ª semana epidemiológica em comparação com a anterior. Já o número de casos
confirmados da doença ficou estável, com uma oscilação de -1% no mesmo período.
 Os dados estão no Boletim Epidemiológico do
Ministério da Saúde, apresentado por gestores do órgão em entrevista
coletiva hoje (2) em Brasília.
 A semana epidemiológica (SE) é uma medida
utilizada por autoridades de saúde para medir a evolução de uma doença no
tempo. Esta última, a 35ª, compreende o intervalo entre 23 e 29 de agosto.
Neste período, foram registrados 6.212 novas mortes por covid-19. Na semana
epidemiológica anterior (34ª), a soma foi de 7.018. Foi a maior queda no
intervalo de uma semana na pandemia. Com isso, a curva indica uma tendência de
queda maior após passar mais de dois meses em um platô, oscilando.
 “A curva de óbitos tem se mantido num platô
com tendência de redução a partir da 29ª semana epidemiológica. Da 34ª para 35ª
tivemos redução bastante significativa”, destacou o secretário de Vigilância em
Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo de Medeiros.

 Quando
considerados os casos, na 35ª SE foram notificados 263.791. Na semana anterior,
haviam sido contabilizadas 265.266 novas pessoas infectadas. Diferentemente da
curva de mortes, em relação aos casos houve uma queda na semana anterior e uma
estabilização nesta última semana epidemiológica.

 Na observação por estados, em relação às
mortes por covid-19, três tiveram aumento, sete ficaram estáveis e 17
apresentaram redução dos índices. Os maiores aumentos ocorreram no Amapá (71%)
e em Rondônia (31%). Já os decréscimos mais significativos se deram no Acre
(55%) e no Ceará (39%).
 Já quando considerados os casos, nove Unidades
da Federação tiveram acréscimo nesta última SE, sete ficaram estáveis e onze
experimentaram uma queda das notificações. Os locais com crescimento mais
destacado foram Rio Grande do Sul (37%) e Ceará (32%), enquanto os com
diminuições mais efetivas foram Rio de Janeiro (37%) e Espírito Santo
(36%).
 O avanço da pandemia no território brasileiro
vem evidenciando uma interiorização dos casos, com 61% em cidades do interior e
39% em regiões metropolitanas. Já a distribuição das mortes se estabilizou com
51% nos grandes centros urbanos e 49% nas demais localidades.

 SRAG

 Até o momento, foram registrados 643.090
internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Destas, 335.748
tiveram o diagnóstico da covid-19 e outras 85.460 ainda estão em investigação.
Dos pacientes, 63,3% apresentaram pelo menos um fator de risco, sendo os mais
comuns cardiopatia, diabetes, doença renal e doenças neurológicas.
 Do total de hospitalizados, 51,3% tinham mais
de 60 anos, 56% eram homens e 44% eram mulheres. No recorte por cor e raça,
33,2% eram pardos, 33,1% eram brancos, 4,8% eram pretos, 1,1% eram amarelos,
0,4% eram indígenas e 27,6% não identificaram essa característica.
 Sobre os pacientes que morreram, aumentou a
proporção de idosos (72,9%), de homens (58%) em relação às mulheres (42%) e de
pardos (36,6%) e pretos (5,4%) em comparação com brancos (30,8%). Entre os
falecidos por SRAG com diagnóstico de covid-19, havia ainda 1,2% amarelos, 0,4%
indígenas e 25,6% que não tiveram a cor ou raça notificada.

 Testes

 De acordo com o Ministério da Saúde, foram
distribuídos até agora 6,3 milhões de reações de RT-PCR. Deste total, 2,8
milhões foram analisados até o momento. A média de exames realizados ao longo
da pandemia está em 92,9 mil por semana.

  Rastreamento

 Os representantes do Ministério da Saúde
informaram que o órgão publicará uma portaria para ações de monitoramento e
isolamento. Serão repassados R$ 396 milhões aos municípios para que possam
reforçar suas equipes com profissionais designados para atuar com esse tipo de
atividade.
 Segundo o ministério, as prefeituras poderão
contratar diferentes tipos de profissionais de saúde, de médicos a
nutricionistas, passando por enfermeiros e técnicos de enfermagem. Haverá
exigência de um determinado número de cidadãos por profissionais que deverão
ser objeto de monitoramento.
Foto: Yves Herman

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