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Arquiteta e Urbanista Melissa Toledo representa o Amazonas em Conferência Internacional de Arquitetura e Urbanismo em Brasília

Evento reuniu especialistas de todo o Brasil para debater o futuro das cidades, com foco em habitação social, sustentabilidade e inclusão

A arquiteta e urbanista Melissa Toledo, vice-presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Amazonas (CAU-AM), participou ativamente da Conferência Internacional de Arquitetura e Urbanismo, realizada entre os dias 4 e 6 de setembro, em Brasília. Promovido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), o evento reuniu representantes de todos os estados, incluindo arquitetos, urbanistas, acadêmicos, pesquisadores, gestores públicos e membros da sociedade civil para discutir os desafios e caminhos para a construção de cidades mais justas, inclusivas e sustentáveis.

Com uma programação intensa, o congresso trouxe mesas-redondas, painéis temáticos e diálogos interdisciplinares que abordaram temas essenciais para o futuro do urbanismo no país. Entre os destaques, estiveram os debates sobre o direito à cidade, justiça ambiental para povos originários, habitação social, arquitetura da paisagem, boas práticas de gestão pública e políticas habitacionais integradas. Um dos momentos mais marcantes foi a mesa sobre habitação social, que contou com nomes de referência, como o vereador, arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, a urbanista Esther Carro e o pesquisador Adhemar Lopes.

Melissa Toledo, que além de representar o CAU-AM, atuou como relatora em uma das mesas sobre habitação social, destacou a importância da participação do Amazonas no evento:

“Estar presente na conferência foi um marco para nós. Pela primeira vez, senti que o Estado do Amazonas teve voz e representatividade em um diálogo nacional sobre os rumos do urbanismo no Brasil. Discutimos políticas públicas que tocam diretamente a nossa realidade, como o acesso ao território, a preservação cultural e ambiental, a moradia digna para comunidades quilombolas e indígenas e os desafios de infraestrutura que enfrentamos na Amazônia.”

A arquiteta ressaltou que a defesa das especificidades culturais, sociais e territoriais da região amazônica foi um ponto central nas discussões. Para ela, pensar políticas habitacionais sem respeitar os modos de vida tradicionais compromete o direito à cidade e à identidade dos povos originários.

Além disso, Melissa enfatizou a importância de integrar habitação, mobilidade, meio ambiente e participação social na formulação de políticas públicas:

“Precisamos avançar na construção de cidades mais inclusivas, onde o planejamento urbano seja resultado de um diálogo coletivo. A conferência reforçou o papel do arquiteto e urbanista como agente fundamental na mediação dessas demandas e na formulação de soluções para os nossos desafios regionais.”

A participação do CAU-AM na conferência também teve um significado simbólico. Para Melissa, ver a bandeira do Amazonas entre os estados representados foi um momento emocionante:

“Foi muito gratificante encontrar colegas amazonenses que, assim como eu, se deslocaram até Brasília para contribuir com as discussões. Isso mostra que estamos fortalecendo nossa presença nacional e construindo uma voz coletiva que defende as particularidades da nossa região.”

O congresso reforçou o compromisso do CAU-AM em atuar na defesa de políticas públicas inclusivas, na valorização dos profissionais da arquitetura e urbanismo e na promoção de cidades pensadas para todos. Para Melissa, o encontro proporcionou uma troca intensa de experiências e conhecimentos, que deverão influenciar diretamente os próximos passos da entidade no Amazonas:

“Saio da conferência com uma renovação de propósito. Vamos continuar trabalhando para fortalecer o papel da arquitetura e do urbanismo na construção de cidades mais humanas, equitativas e sustentáveis, valorizando a diversidade cultural e territorial que define o nosso estado.”

A Conferência Internacional de Arquitetura e Urbanismo marcou um passo importante para integrar o Amazonas aos grandes debates nacionais sobre urbanismo e reafirmou a necessidade de pensar políticas habitacionais e urbanas que respeitem a pluralidade de realidades brasileiras.

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