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Amazonas foi o segundo no país em índice de desmatamento em 2021

Manaus/AM – O estado do Amazonas apareceu em segundo lugar no ranking de desmatamento em 2021, com 194.485 hectares desmatados, que representam 11,8% do total, de acordo com relatório do projeto MapBiomas Alerta, que divulgou na manhã desta segunda-feira (18) o raio-x do desmatamento em todos os biomas brasileiros no ano de 2021. Em 2020, o estado era o quarto no ranking de desmatamento.

O estado do Pará foi que apresentou a maior área desmatada detectada em 2021, com perda de 402.492 ha, que representa 24,3% do total desmatado no país, informa o relatório.

O Mato Grosso apareceu em terceiro, com perda de 189.880 ha (11,9%), seguido do Maranhão, com 167.047 ha (10,1%), e Bahia, com 152.098 (9,2%). Juntos, esses 5 estados responderam por 55% do desmatamento no Brasil em 2021.

No total do país, houve um aumento de 20% na área desmatada em relação ao ano de 2020.
Em 2021, foram identificados, validados e refinados 69.796 alertas 16.557 km2 (1.655.782 ha), aumento de 20% na área desmatada em relação ao ano de 2020.

O raio-x do desmatamento do MapBiomas é produzido a partir da validação, refinamento e geração de laudos para cada alerta de desmatamento detectado ao longo do ano no país.

Para cada alerta validado e refinado, é gerado um laudo com imagens de antes e depois do desmatamento.

Também são identificados possíveis cruzamentos com áreas do Cadastro Ambiental Rural (CAR), Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF), Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (SINAFLOR), Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC), Terras Indígenas (FUNAI), e outros limites geográficos (ex. biomas, estados, bacias hidrográficas), além do histórico recente da área nos mapas anuais de cobertura e uso da terra no Brasil do MapBiomas (Coleção 6). em todo território nacional. Total de desm

Do total de alertas de 2021, 66,8% estavam no bioma Amazônia, com uma área de 977 mil ha desmatados (59% da área total). O bioma Caatinga aparece em seguida com 15,2% dos alertas (7% da área), totalizando 190 mil ha, seguido pelo Cerrado com 9,9% dos alertas (30,2% da área) e 500 mil ha. A Mata Atlântica teve 30,2 mil ha desmatados (1,8%), seguido do Pantanal com 28,6 mil ha (1,7%) e o Pampa com 2,4 mil ha (0,1%).
Amazônia e Cerrado juntos representaram 89,2% da área desmatada detectada. Quando somada a Caatinga, os três biomas responderam por das perdas

Do total de desmatamento, 9% cruzam com Unidades de Conservação (UC), 4,7% com Terras Indígenas (TI), 0,2% com territórios quilombolas e 26% com assentamentos rurais. Mais de dois terços do desmatamento, 77%, ocorreu em áreas registradas no SICAR.

Um terço (33%) de todos alertas detectados no Brasil em 2021 tem sobreposição com áreas registradas como Reserva Legal (RL). Isso representa 22% do total da área desmatada no país. O número de alertas que têm sobreposição com Áreas de Preservação Permanente (APP) declaradas no CAR chegou a 5% do total (em área, 0,6%).

Mais de 98% dos alertas de desmatamento (95% da área total desmatada) não possuem autorização de supressão de vegetação registrada no Sinaflor/Ibama. A autorização é obrigatória para atividade legal no Brasil.
Os alertas sobrepostos às propriedades que já possuem alguma área previamente embargada pelo IBAMA correspondem a 5% do total em área.

O levantamento cruzou os dados de desmatamento autorizados, que respeitam a Reserva Legal, APP e nascentes e sem sobreposições com áreas protegidas (UC e TI) e concluiu que apenas 936 dos 69.796 alertas, ou seja 1,34% (0,87% em área), atendem às regras para legalidade. Estes dados indicam um nível de ilegalidade da área desmatada no Brasil acima de 98%, considerando os dados oficiais disponibilizados.

Os embargos e autuações realizadas pelo Ibama e ICMBio até maio de 2022 atingiram apenas 2,4% dos desmatamentos e 10,5% da área desmatada identificada entre 2019 e 2021.

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