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Advogada que envenenou 2 pessoas em Goiás tinha encontro marcado para dia seguinte às mortes

Brasil – O delegado Carlos Alfama, que investiga o caso da advogada Amanda Partata, 31, deu novas informações sobre o caso. Ela foi presa em dezembro último, em Goiânia (GO), acusada de ter matado o ex-sogro e a mãe dele, com bolos de pote  envenenados, e o crime teria sido motivado pelo fim do relacionamento entre ela e um médico, filho do senhor. Ela inclusive teria forjado uma falsa gravidez para a família, a fim de se manter próxima deles.

Segundo o delegado, as mortes de Leonardo Pereira Alves, 58, e Luzia Tereza Alves, 86, ocorreram no dia 17 de dezembro e, no dia seguinte, a advogada Amanda marcou um encontro com outro homem, já “começando um outro relacionamento amoroso”.

O homem que Amanda estaria conhecendo é médico, assim como Leonardo Pereira Alves Filho, ex-namorado dela e filho e neto, respectivamente, das vítimas.

As informações oram divulgadas ao podcast “Na Cena do Crime”, da TV Serra Dourada, afiliada do SBT.

De acordo com as investigações, a advogada forjava estar grávida dos ex-companheiros para se manter próxima deles, mas nos outros casos, os homens diziam que só assumiriam a criança após teste de DNA. “Eles não eram tão bondosos a ponto de aceitar aquilo como verdade. Então, ela evoluiu a situação com a família que mais a acolheu”, ele disse. Pelo menos cinco ex-namorados dela relataram à polícia que a advogada tinha esse tipo de comportamento.

O delegado também disse que, se ela não tivesse sido presa, poderia fazer outras vítimas:

“Eu acredito que estamos diante de uma pessoa que se não estivesse sido presa nessa situação, ela teria feito isso novamente com outras famílias, várias pessoas de bem. É a pessoa mais cruel que eu já vi na minha vida, mesmo trabalhando com homicídios todos os dias”.

Entenda o caso

Em 17/12, Amanda foi à casa do ex-sogro levando itens para o café-da-manhã. Havia uma substância tóxica nos bolos que ela serviu, e era intenção dela matar quem consumisse os alimentos. Leonardo e sua mãe tomaram o café-da-manhã e mais tarde no mesmo dia, foram internados em hospital e vieram a falecer.

A investigação comprovou, por meio de nota fiscal, que a advogada comprou o veneno pela internet uma semana antes do crime. Segundo o delegado Alfama, que comandou a investigação, os assassinatos teriam sido motivados pelo sentimento de rejeição da mulher após o fim do relacionamento com o médico Leonardo Pereira Alves Filho, filho da vítima, e pela vontade de causar o “maior sofrimento possível” ao ex-namorado.

Amanda namorou com Leonardo, no entanto, o relacionamento terminou em julho. Cerca de uma semana depois, ela anunciou uma gravidez, que foi apoiada pela família do rapaz, que chegou a fazer um chá revelação. Segundo a polícia, exames apontam que Amanda não está grávida.

Após o término do casal, Leonardo começou a receber ameaças desde a metade de 2023 de diversos perfis falsos e números de telefone que, durante a investigação do crime contra Leonardo e Luzia, descobriu-se que eram de Amanda. O delegado responsável pela investigação explicou que o homem chegou a bloquear mais de 100 números diferentes que ligavam para ele. Uma das ameaças chegou a dizer “Vou matar você e a sua namoradinha”, no que seria, segundo a polícia, uma tentativa de Amanda de despistar suspeitas sobre ela.

Amanda foi presa em 20/12. O Tribunal de Justiça de Goiás converteu a prisão temporária em preventiva. Com isso, ela responderá ao processo presa. Amanda já foi acusada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) e a denúncia foi aceita pela justiça.

A advogada foi denunciada por dois homicídios triplamente qualificados, com o emprego de meio insidioso (veneno), por motivo torpe (forma de vingança contra o ex-namorado) e também cometidos mediante dissimulação.

Com informações de UOL

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